No ano de 1801, Ricardo Franco comandava Coimbra, quando os índios Guaicurus levaram-lhe a notícia que: “Lázaro Ribeiro, governador de Assunção,
arrebanhava grande forças para atacar aquele Forte”
Imediatamente Ricardo Franco enviou duas canoas para o sul, em reconhecimento do número e condições de expedição invasora. E também, solicitou urgente socorro de Cuiabá, para a Fortaleza, pois esta se achava carente de tudo.
A 16 de Setembro, três sumacas de D. Lázaro Ribeiro, guarnecidos de canhões de grosso calibre e seus quatrocentos soldados, romperam fogo contra o Forte.
Coimbra respondeu-lhe bravamente. Mas o inimigo percebeu a inferioridade da guarnição do Forte. E, D. Lázaro, muito astuto, içou uma bandeira banca e propôs a Ricardo Franco uma rendição.
“Não”, respondeu-lhe este, lacônica e bravamente.
D. Lázaro recrudesceu a investida, mas a pequena guarnição do Forte rechaçou-os novamente.
E nosso presunçoso inimigo, bem armado, como os seus 400 soldados, retornaram vencidos, escorraçados pelo minguado contingente de Ricardo Franco.
Apavorado dizia D. Lázaro: “Dios so poderia tomá-la, pero com dificultdad”.
Mais tarde apesar dos apelos do deputado por Mato Grosso, Corrêa do Couto, da urgência de o governo aparelhar o Forte, nada se fez. O seu apelo não teve eco.
Mais tarde, Porto Carreiro, com a ajuda dos índios Lapagates, rechaçaram as forças de Gonzales.
Neste feito, até as mulheres colaboraram, rasgando os seus vestidos para se fazer munição.
Tiveram, porém de abandonar do Forte pela total falta de munição. E fizeram a retirada em silêncio, levando tudo, salvando-se toda a guarnição.
O inimigo, ao chegar, encontrou o forte vazio completamente.
NOTA – Isto é um verdadeiro, porém com foros lendários dado, o minguado contingente do Forte, Ter rechaçado por mais de uma vez, um inimigo muitas vezes poderoso, pelo número desigual dos seus soldados.
Cesáreo Prado – “Passeio pelo Passado” – Jornal do Comércio – Rio de Janeiro – ano 1954.